Caros amigos e visitantes do "Som Mutante",
Este é mais um post feito pelos convidados do querido Dead or Alive, neste caso, é a minha singela contribuição para esta comunidade de admiradores da boa música, seja ela de que cor, credo e sotaque possa ser. O que todos aqui temos em comum, é a paixão, a 'adoração' pelos sons que nos embalam e que de alguma maneira mexem com nossos sentimentos e emoções.
Depois de tantos posts e sons de rara qualidade aqui postados pelos colegas/amigos e agora companheiros de trabalho: Luciana Aun, Véio, Gustavo, V2 e Javanês, fico até melindrado em tentar compartilhar algo que possa ser do mesmo quilate. Não pela qualidade dos três artistas aqui comentados, que é inegável - e vocês irão poder comprovar e concordar (ou não...) comigo; mas sim pela falta de prática em postar aqui no blog (tive um, mas mandei para Saturno).
Para compensar esta falta de traquejo, vou acabar copiando grande parte do texto deste post de fontes de terceiros (seja de cada um dos artistas retratados, seja do Wikipedia, seja de outras revistas e jornais). Se bem que postar é muito parecido com andar de bicicleta - mas mesmo os ciclistas mais experientes às vezes levam um tombinho... Não é mesmo, Aponcho?
Notem que para o grande Marcio Bach (e eu diria, um de meus guitarristas brasileriros prediletos), quase não consigo nenhuma informação além daquela constante no encarte do CD. Assim, contribuições para enriquecer este post serão muito bem vindas. Aqui não é o texto de um, mas a soma do trabalho de todos.
Espero que gostem e se possível apoiem estes heróis da resistência comprando seus álbuns em seus sites e lojas especializadas. Assim, chega de conversa mole (ou seria teclado mole?), e vamos às biografias de cada um deles.
ALEX MARTINHO
Biografia:
Formado pelo GIT (Musicians Institute - USA) em 1992, Alex é colaborador efetivo de conceituadas revistas especializadas em música, como Cover Guitarra (onde tem uma coluna mensal desde 1999), Guitar Player e Música e Tecnologia. Em 1998 e 1999, acompanhou a banda do Celso Blues Boy. Ele é endorser das empresas NIG, N Zaganin, Snake, Sergio Rosar e Powerclick.
Discografia:
Solo
1994 - "Alex Martinho"
2001 - "Evolution"
2011 - "Universo em Mim"
Em parceria com Sydnei Carvalho
(2004) - "Intensity"
(2006) - "Intuition"2
(2009) - "Double Vision" (DVD Duplo)
Com a Banda Homônima
2005 - "RHUNA"
Prêmios e Indicações:
1995 - Prêmio Sharp de Música - CD "Alex Martinho" (indicado)
2005 - Prêmio Claro - Melhor Cd de musica instrumental do ano (CD "Intensity")
2007 - Prêmio Toddy/Revista Dinamite de Música Independente - Melhor CD Instrumental do Ano (CD "Intuition")
Entrevista na Revista GUITAR PLAYER, Fevereiro/2002
Pág. 31 - "ALEX MARTINHO - Bom Gosto Instrumental ",
por Vera Kikuti
O rock instrumental será sempre um estilo fascinante enquanto músicas bonitas e guitarras de bom gosto forem seus principais ingredientes. É o que mostra Alex Martinho em seu mais recente CD, "Evolution", um álbum repleto de belas composições, melodias marcantes, riffs legais e solos arrasadores.
O nome do novo CD de Alex reflete o momento atual do guitarrista. "Meu primeiro trabalho foi feito em uma época em que eu queria tocar com muita técnica e velocidade. Já o segundo álbum está mais maduro em relação à execução no instrumento e à composição", revela o guitarrista. "Entre o primeiro e o segundo CD, voltei um pouco para as origens. Ouvi muito Jimi Hendrix, Eric Clapton, Jimmy Page, Rush e Yes. Procurei fazer uma abordagem de banda neste disco. O meu primeiro trabalho foi mais de guitarrista."
Todas as músicas do Evolution são composições próprias. "Procuro sempre estar com o meu gravador. Registro todos os riffs e melodias que vão surgindo, faço uma coletânea do material e depois vou juntando temas e polindo idéias", explica. "Se estou sem um instrumento por perto, gravo a idéia cantando e depois tiro a melodia na guitarra."
A história de Alex com as seis cordas começou depois que ele assistiu ao Rock in Rio 1, em 1985. "Fiquei fascinado por bandas com grandes guitarristas, como Iron Maiden, Queen e Whitesnake", diz ele. Aos 13 anos, iniciou seus estudos no instrumento. "Meu irmão ganhou uma guitarra de presente de Natal, tentou aprender a tocar, mas depois desistiu. Comecei então a ter aulas e a tirar músicas de rock nacional." O próximo passo do guitarrista foi montar uma banda e, para acompanhá-lo, incentivou seu irmão, Rodrigo Martinho, a tocar bateria. Convidou também um amigo da escola, Fabio Lessa, para cantar no grupo, e, como não acharam um baixista, Alex o motivou a tocar baixo. O jovem trio começou a fazer shows em bares do Rio de Janeiro, tocando covers de bandas como Van Halen, Bon Jovi e Faith No More. A química deu certo. Rodrigo Martinho e Fabio Lessa gravaram os dois trabalhos solos de Alex Martinho e até hoje o acompanham em shows. "Hoje nós três somos músicos profissionais. Crescemos tocando juntos", conta o guitarrista.
Alguns anos após seu primeiro contato com o instrumento, Alex Martinho conheceu um outro jovem estudante de guitarra, Marcelo Gomes, que lhe mostrou músicas de Joe Satriani, Steve Vai e Yngwie Malmsteen. "O Marcelo foi estudar nos Estados Unidos e depois de seis meses convenceu meus pais a apostarem em mim e fiz um ano de curso no GIT", lembra Alex. "Lá, aprendi a me organizar e a dividir meu tempo de estudo, pois eu tinha uma quantidade enorme de material para estudar", relembra Alex. O guitarrista também reservava parte de seu tempo para tirar músicas e compor, colocando em prática o que aprendia. Depois de terminar o curso, Alex voltou para o Brasil com músicas prontas e gravou seu primeiro CD. Em seguida, tocou na banda de Celso Blues Boy por quase dois anos. "Viajávamos e fazíamos muitos shows. Abrimos para o Robert Cray e tocamos no ATL Hall, no Rio de Janeiro, e no DirecTV, em São Paulo", conta. "Foi um ótimo período de aprendizado e adquiri bastante experiência de palco."
Em "Evolution", Alex assumiu o controle total da gravação. "Em vez de gravar em um grande estúdio, com orçamento e tempo limitado, preferi as vantagens de registrar o álbum em meu próprio estúdio", diz ele. O CD foi gravado em hard-disk com sistema Yamaha DSP Factory. O velho amigo de Alex, Marcelo Gomes, que hoje mora nos Estados Unidos e é engenheiro de som de Steve Vai, co-produziu o trabalho. "O Marcelo veio para o Brasil e me deu muitas dicas sobre microfonação. Ele não pôde participar de todo o processo, mas eu ligava com frequência para lhe fazer perguntas e enviava gravações para ele escutar. Alguns meses depois, ele voltou para realizar a mixagem e me ajudou a lapidar os sons de guitarra", relata Alex.
Para as gravações, Martinho usou sua guitarra Condor FC45OFM, equipada com captadores EMG (um humbucker 81, na ponte, um 85, no braço, e single-coil SA, no meio) e encordoada com cordas NIG .009. Ele também empregou sua fiel Ibanez RG570 - que o acompanha desde seus estudos no GIT -, equipada com humbuckers DiMarzio Fred, na ponte, e Seymour Duncan Full Shred, no braço.
Alex pluga as guitarras direto em um Line 6 AX2-212, um combo com simulação de amplificadores e efeitos embutidos. "Tive cabeçotes, caixas e racks efeitos, mas, para os shows, eu precisava de ajudantes para carregá-los", conta. "Quando conheci o Line 6, gostei dos timbres e da praticidade de plugar a guitarra e ter o som pronto."
O disco de Alex Martinho foi lançado de forma independente e pode ser adquirido através do site www.martinho.com
"O importante é sempre seguir em frente e não se importar com as dificuldades. A pior coisa que alguém pode fazer é cruzar os braços ou desistir", afirma Alex.
"Faço a música que gosto e é gratificante ver meu trabalho crescendo. Vou conseguir meu espaço, assim como qualquer pessoa que tenha força de vontade, talento e determinação."
Baixe o DVD do show de 20 anos (disponibilizado de graça pelo próprio Alex) aqui: http://www.martinho.com/dvd20anos/Alex_Martinho_20_anos_(720p).mp4
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TIAGO DE MOURA
Nascido na cidade de Passo Fundo em 1974, Tiago de Moura teve seu primeiro contato com a música ainda no berço já que é filho de músico. Aos 7 anos já havia ganhado um violão de seu pai. No entanto, gostava mesmo era de percussão, pois tinha o costume de “bater lata” o dia inteiro. Mais tarde, aos 16 anos, começou a se interessar pela guitarra. No início, sua influência era o trash metal e foi nesse estilo que montou sua primeira banda chamada Vogelgesang, precursora do estilo na região. Nesse mesmo período, Tiago começou a conhecer músicos da noite e compositores, que lhe trouxeram outras influências, como a MPB e o rock nacional dos anos 80. Foi a partir daí que elaborou um repertório com alguns desses músicos e passou a tocar nas casas noturnas, mais especificamente em barzinhos, tocando justamente esses estilos, mas mantendo, até então, apenas a intuição e a pegada que o metal lhe dera.
Mas foi aos 20 anos que Tiago conheceu um guitarrista local chamado João Neto, que acabou dando uma guinada na forma como encarava a música e a guitarra. Passou a estudar seriamente as técnicas do instrumento e os elementos teóricos da música, o que o levou a entrar no curso de Música da Universidade de Passo Fundo e a participar de diversos cursos com músicos de renome como Pollaco (Guitarra, harmonia e improvisação), Alexandre Carvalho (Improvisação para todos os instrumentos), Julio Herrlein (Harmonia e improvisação), além de Edílson Ávila, Frank Solari, Sólon Fishbone, Mozart Mello e Joe Mograbi.
Assistiu também a workshops de inúmeros instrumentistas, como, Edu Ardanuy, Juninho Afram, Kiko Loureiro, Sydnei Carvalho, André Martins, Dudu Trentin, Kreg Owens, Paul Gilbert, Rafael Bitencourt, Arismar do Espírito Santo, Tiago do Espírito Santo, Marcinho Eiras, Artur Maia, Michel Leme, entre outros.
Tocou em bandas de baile e bandas covers durante vários anos.
Desde 1997 Tiago vem publicando periodicamente suas gravações. A primeira foi uma fita demo, lançada neste mesmo ano, contendo algumas composições próprias. Em seguida lançou mais dois CDs demo, que tiveram participações de importantes músicos como Guinha Ramires (violonista do Grupo Instrumental Dr. Cipó) e Alessandro Kramer (acordeonista do grupo Dr. Cipó e sideman de Yamandú Costa, Alegre Corrêa e outros instrumentistas brasileiros).
Depois de receber destaques em revistas especializadas como Cover Guitarra e Guitar Player, Tiago de Moura lançou em 2004 seu primeiro CD oficial, que lhe rendeu significativos comentários e resenhas meritórias por parte da crítica especializada. A partir daí, passou a receber convites para vários workshops.
Em 2007 Tiago de Moura lançou no mercado, pelo selo Café com Leite, o CD “Menino”, que considera o melhor disco de sua carreira. O disco contém composições próprias e também de grandes compositores, como Raul Boeira, Sandro Cartier, Tyaraju Moura e Welington Bonfim. Graças a esse disco, Tiago de Moura foi indicado como Melhor Instrumentista no prêmio Açorianos de Música que é a premiação mais importante do cenário musical do Rio Grande do Sul.
Em 2009 lançou o CD "Rain", que mostra seu amadurecimento artístico, promovendo a fusão de ritmos e fraseados brasileiros com as várias vertentes do rock instrumental, com temas melhor estruturados e com a participação de músicos e técnicos de renome.
O ano de 2010 veio recompensar Tiago de Moura pela sua dedicação. Participou do “Guitar Experience”, encontro que reuniou em Buenos Aires grandes guitarristas da América do Sul. Também foi destaque na edição de outubro da Revista Guitar Player Brasil”, na Seção Artistas/Pegada. E foi um dos vencedores do Projeto Rumos do Itaú Cultural, ao qual concoreram milhares de músicos de todo o país. Como prêmio, integrará uma banda formada por outros vencedores, que se reunirá em São Paulo com vistas a produzir um repertório que resultará em show no Itaú Cultural e gravação em áudio e vídeo do mesmo, além da criação de um programa de TV de 30 minutos, contendo os ensaios, entrevistas e partes do show.
Tiago de Moura vem intensificando suas apresentações, além de promover inúmeros workshops coletivos com importantes guitarristas tupiniquins. Seu nome já desponta como uma das grandes revelações da música instrumental do Brasil.
Entrevista para a "Guitar Player",
em 2010
Tiago de Moura é um guitarrista gaúcho que vem se destacando no Sul do Brasil por sua criatividade e técnica afiada. No final de 2009, ele lançou seu mais recente CD instrumental, intitulado Rain, que traz dez faixas que vão do rock pesado ao fusion. Tiago contou com a participação de grandes músicos, como Edu Ardanuy. Em entrevista, Tiago fala sobre a criação e a gravação do novo disco.
Como foi o processo de composição das músicas de Rain?
Em meu primeiro e segundo CDs – Tiago de Moura e Menino –, o norte das composições foi unicamente a inspiração. Já em Rain, tive maior preocupação com a estrutura das músicas, definindo sempre a quantidade de compassos de cada parte. Isso facilitou a construção das melodias e solos de cada faixa. É claro que a inspiração também esteve presente, já que sem ela é impossível fazer algo interessante.
Como foram feitas gravação, mixagem e masterização?
Faz tempo que montei meu home studio, mas eu o utilizava apenas para aulas e registro de ideias que surgiam. Então, decidi gravar de verdade e adquiri os equipamentos que faltavam. A partir daí, comecei o processo de gravação das guias e gravei todas as bases e solos – alguns ficaram no registro final, outros foram refeitos. Em seguida, enviei os arquivos para o Studio JNT, onde foram adicionados baixo, bateria e alguns teclados. Foram realizadas gravações adicionais de teclados no Studio Lazzarotto e no home studio de Michel Dorfman. A mixagem foi feita por Átila Ardanuy, no Bavini Studio, o que fez toda a diferença no resultado final. A masterização foi realizada no Studio Lazzarotto.
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MARCIO BACH
Aguardando contribuições sobre a biografia deste grande guitarrista.
Márcio Bach - segurando a guitarra branca
Baixe os 3 CDs aqui:
Alex Martinho - "EVOLUTION"
Enjoy at: http://www.sendspace.com/file/rq0o7d
Marcio Bach - "MARCIO BACH"
Enjoy at: http://www.sendspace.com/file/t07mzt
Tiago de Moura - "RAIN"
Enjoy at: http://www.sendspace.com/file/g9kp3m
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Caso algum dos músicos aqui "retratados" não queira que seu trabalho seja compartilhado no blog, basta me mandar um email ( zm.jazzrock at gmail.com ) e o link será imediatamente removido.
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Não percam o próximo post do SM.
Stay tuned!