6 de mai. de 2011

Snegs o "Som Nosso De Cada Dia" e a minha história...

Creio que tudo que tinha pra ser falado sobre ser este um dos melhores trabalhos já criados em terras brazucas e reverenciado até hoje já foi dito tanto que o maninho Pirata do Rock postou toda a discografia.

Coloco abaixo um pouco da ficha técnica e um bom release sobre e etc e tal, mas queria dividir com os amantes da música e frequentadores desta alcatéia uma história que posso dizer que ninguém viu, tem ou viveu.

Porque?
Porque era noite dos famosos anos 70 e uma molecada andava de skate e jogava bola numa rua do bairro da Previdência em sampa, e essa rua era o ponto de encontro dessa galera (Rua Luis Alberto Martins).

De repente chega uma caminhonete com mudança em cima e descem, um cara cabeludo, uma garota bonita e de bata hippie e mais um pessoal que agora a memória confunde.
Como todo moleque fomos chegando pra ver quem era e o que tava rolando e acabamos ajudando a descer algumas coisas que vieram no carro e arrumar dentro da casa vizinha da que ficávamos de um amigo e que o pai havia alugado pra aqueles "tipos".

Mas tipos nessa época éramos nós e eram eles afinal começo dos 70, cabelos compridos ou black power, roupas estranhas, algumas calças bocas de sino, outras com boca fechada e descalços pra se andar de skate (sim, o skate nasceu na rua Queirós Guimarães no Morumbi que termina na Av Fco Morato e onde moravam Juca Chaves e Ronnie Von e não como alguns livros e entrevistas dizem que foi no sumaré ou em outras bandas, prq fomos nós que começamos com essa onda no estado e tem provas até no estadão e outros lugares da policia perseguindo a garotada muito antes desses aí que dizem lançaram moda e até livros além de entrevistas na maior cara de pau,rs mas isso é outra história) ou de bermudão e chinelo ah, tanto fazia o que se vestia,rs

Bem, esse pessoal chegou e logo nos tornamos amigos e passávamos os dias juntos por ali, eles fazendo um som no porão da casa que virou estúdio e a gente em volta ajudando a atrapalhar até que chegou aquele que me levou definitivamente ao mundo da música.Do nada surge um cara conhecido e famoso, mas que estava recomeçando uma nova fase em sua vida e egresso dos "Incríveis" Manito, aparece como um ser mítico e se junta ao cabeludo Pedrão e ao negro Pedrinho e começam a criar o que se tornou um dos discos mais reverenciados de todos os tempos e graças ao bom humor do Pedrão (nem sempre heim? rs) que não ligava deu invadir lá sempre e o carinho do Manito pude participar de muita coisa e até dos testes de microfone naquele pequeno porão onde nascia o Som Nosso de Cada Dia.

Até onde lembro Cynara sempre gentil tinha o garoto Kauê e depois teve uma menina que me foge o nome, mas era algo relacionada ao sol ou algo assim, loirinhos como ela e bonitos tb, além de serem nossos queridinhos alí; claro que não de todos prq uma vizinhança já queria que aqueles bicho grilos sumissem e a paz voltasse a reinar no local, mas que nada, foi uma passagem meteórica prq me lembro até o dia que chegou o convite pra abrir o show da Tia Alice e o Manito pirou, workaholic como só ele e começou a tocar tudo ao mesmo tempo e em tempo integral enquanto Pedrinho machucava as mãos ao ponto até de sangrar mas com uma alegria que só ele possuía e o Pedrão sempre na dele ficava olhando e cuidando eu acho pra que aquilo rolasse, eram dois gênios Pedrinho e Manito, e alguém teria que ter os pés no chão mas quem controlava a criatividade e a velocidade de um Manito?.

Bom, é isso, uma pequena resenha de uma época maravilhosa que nunca mais volta só que como já postei em outro blog outra época essa história eu vivi, prq morava lá, vi-os chegar e sei de mais detalhes que acredito pessoais e que não acrescentariam muito e só serviria pra provar nada, mas prq eu ficava quase que o tempo todos com eles e principalmente com o Manito qdo ele sentava ao teclado e o Pedrinho ao seu lado, e alí fui tomando contato com os acordes de um dos maiores gênios da música brasileira que tentou me ensinar alguma coisa, que óbvio não foi o suficiente pra fazer decolar uma das 03 bandas que participei mas foi o suficiente pra me levar pra bem perto de bandas como o Terço, Terreno Baldio, Casa das Máquinas e o maluco do Cornélius e o Made in Brazil.

Meu amor pela música era bem anterior a eles, desde o primeiro radio de válvulas, e depois aquelas eletrolas pilips (rs) que ligavam puxando o braço, além de gravar tudo que ouvia com um hitachi mono lindo de acabamento de cerejeira.

Mas com o Manito, Pedrinho e Pedrão aprendi como nasce uma banda, e o que é fazer o que eles fizeram, e posso afirmar que magia é pouco pra o que acontecia alí, era muito mais; eram gênios, eram músicos e amigos que se respeitavam e respeitavam os moleques vizinhos e os deixavam ficar por ali sem frescura ou sem estrelismo, fora que a Cynara ainda fazia uns sucos pra galera que eram deliciosos,rs

Sempre em busca da essência meu amigo e irmão Manito, ídolo e gênio, mestre da mpb e infelizmente não reconhecido como outro gênio que convivi que foi o Raul, que fica pra uma próxima a história de nossa relação; brg Pirata pela lembrança e pelo que me proporcionou com este post seu e por isso deixo com seu próprio link."Tendo lançado um dos maiores clássicos do Rock setentista nacional – o LP “Snegs” (1974) – a banda foi fundada em São Paulo, no ano de 1971, pelos seguintes músicos:

Manito: espanhol de nascimento, é um legítimo multi-instrumentista (piano, órgão, moog, flauta, sax e violino) e já famoso pelo seu importante papel com o grupo “Os Incríveis. No decorrer da sua carreira tocou com muitos nomes de peso, tais como Os Mutantes, Rita Lee e Camisa de Vênus na área do Rock e Roberto Carlos e Zé Ramalho na área da MPB

Pedro Baldanza: mais conhecido como PEDRÃO, o baixista e vocalista gaúcho já havia sido membro das históricas bandas “Novos Baianos” e “Perfume Azul do Sol”, além de ter convivido e atuado com Walter Franco e Cassiano. Após o fim da banda em 1977, trabalhou com importantes nomes da MPB, tais como Ney Matogrosso, Elis Regina, Gal Costa e Sá & Guarabira

Pedrinho Batera: Um dos mais brilhantes bateristas do Rock Nacional, trabalhou também com Luiz Melodia e Belchior, além de diversos grupos de Jazz. Infelizmente, faleceu precocemente em meados dos anos 90.A Obra-Prima

Apesar de sua curta discografia (apenas 2 LPs e um compacto, ambos de estúdio nos anos 70 e, posteriormente, um CD ao vivo em 1994 e um CD duplo também ao vivo com registros inéditos dos anos 70), os músicos acima podem se orgulhar de terem lançado um dos mais brilhantes, criativos e empolgantes discos de Rock da América do Sul.Som Nosso de Cada Dia – Snegs

Todas as músicas do álbum SNEGS são excelentes, mas “Sinal da Paranóia”, “Bicho do Mato”, “Massavilha” e “Dirección de Aquarius” merecem ser citadas com maior destaque.

Considerado por muitos como o mais fantástico disco de Rock Progressivo nacional, é um item absolutamente obrigatório na coleção de qualquer fã do gênero.

Gravado e mixado em 1973 em apenas 7 dias e com grande precariedade de equipamentos de estúdio, é uma das maios perfeitas demonstrações de que o realmente importa na gravação de um disco é o TALENTO.

Outra grande façanha do Som Nosso de Cada Dia foi a realização dos 5 shows de abertura da turnê de Alice Cooper no Brasil em julho de 1974.

Com Alice no auge de sua carreira, o público presente foi sempre excelente (um total superior a 130.000 pessoas), o nosso representante brazuca obteve incrível sucesso, tendo suas apresentações mais queridas e lembradas até mesmo que o próprio astro principal.A Vida Após “Snegs” e “Alice Cooper”

Por diversas razões, mesmo com o sucesso anterior, várias mudanças de formação ocorreram (Manito saiu e vários outros foram entrando e saindo) e somente três anos depois lançaram novo disco. Infleizmente, a época já era outra e o movimento “Disco Music” assolava o mundo.

Foram então obrigados a gravar músicas que se adequassem a nova realidade. Mesmo assim, tiveram uma grande idéia, que possibilitou a inclusão de músicas do estilo Progressivo sem afetar a qualidade do álbum e sem incomodar aos fãs de estilos tão diversos.

Era lançado então o álbum “Som Nosso”, onde o Lado 1 recebeu o nome de “Sábado” e o Lado 2 de “Domingo”.
O “Sábado” com sonoridade Funk, apropriada para “Os Embalos de Sábado a Noite” e o “Domingo” com músicas belamente Progressivas, perfeitas para o relaxamento e sossego de um “domingão”."

Fonte: http://musicasuigeneris.wordpress.com/2009/01/24/som-nosso-de-cada-dia/ Integrantes:
Pedrão (Pedro Baldanza) – voz/baixo e violões
Manito – órgão/sintetizadores/piano/violino/flauta/saxofone e vocais
Pedrinho – bateria e vocais

Músicos convidados:
Marcinha,
Cynara,
Ivone e
Tigressa – vocaisFaixas:
01 Sinal da paranóia
(Cimara, Pedrão)

02 Bicho do mato
(Gastão Lamounier Neto)

03 O som nosso de cada dia
(Paulinho, Pedrão)

04 Snegs de Biufrais
(Paulinho, Pedrão)

05 Massavilha
(Paulinho, Pedrão)

06 Direccion de Aquarius
(Paulinho, Pedrão)

07 A outra face
(Pedrão, Pedrinho)
Som Nosso de Cada Dia, Enjoy!!!!!!!!!!!!!

9 comentários:

  1. Anônimo8:01 PM

    Grande Dead,

    O que dizer de tudo isso?...bem primeiro agradecer por ter disponibilizado, sobre o som em si, sem comentarios né..é tudo atual e ao mesmo tempo nos remete a lembranças, quando não muito alem de tudo isso nos leva a imaginar um futuro. O que mais queremos de um som senão esta viagem? e se ainda nos leva aos 3 tempos...caraca..devemos mais e não parar de escutar...enfim irmão...é som.

    grato novamente...
    grande abraço

    Drachen

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  2. sempre em busca da essência irmão,rs
    Enjoy!!!!!!!!!

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  3. Grato!
    Recompondo, entendendo e enriquecendo a minha história. Ouvia muito... e não sabia nada do som, da banda.
    Tocava direto na Maldita, de Niterói... bons tempos!
    Quem sabe faz!
    Valeu!
    :)
    Sds.

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  4. To ouvindo agora a musica som nosso e delirando lembrando dos loucos anos em que era apenas um garoto que amava o Som Nosso e o Genesis ou Beatles e Stones tanto faz, rs
    EnjoY!!!!!!!!

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  5. Anônimo12:33 PM

    EU VIVA ALÍ NA RUA LUIZ ALBERTO MARTINS, NA CASA MINHA NAMORADA MIRIAM KOGUMELO, E ASSISTI A TUDO ISSO, ÀS VÊZES DE LONGE, OUTRAS DE MAIS PERTO NO MURO, MAS A VERDADE É QUE ESSA ÉPOCA TINHA MUITAS QUALIDADES E O DESTAQUE ERA PARA A QUALIDADE MUSICAL ... SEM DÚVIDA UM TEMPO ÍMPAR NA VIDA DE TODOS OS ENVOLVIDOS, COADJUVANTES OU NÃO, A VERDADE É QUE VALEU A PENA !!!

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  6. A Miriam não morava perto da escolinha ali embaixo, depois do pirajussara e tinha uma irmã e um irmão?
    Na Luiz Alberto eu não lembro de Miriam, cara a idade é uma merda,rs
    Na rua tinha o grilinho, o bertinho e sua brasilia verde ou o corcel amarelo do pai dele, descia o Omar e o João negão, era uma festa aquilo lá ,mas to tentando lembrar de mulher, prq a elaine irmã do grilo era magrinha mas uma gracinha a gente que era bobo e nem sabia porra nenhua,rs
    Tempo ótmo mesmo, época maravilhosa, e as vz a gente achava que tava perdendo tempo ouvindo sm em tdk e lavando carros.
    EnjoY!!!!!!!!!!!!!!!!

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  7. Anônimo7:42 PM

    A MIRIAM ERA VIZINHA DO GRILO " SURFISTA ", MAIS PARA CIMA DA RUA TINHA O OSVALDINHO, APARECIA POR LÁ TAMBÉM O NENÊ, O LULA, A KITTY ( QUE DEPOIS VIROU REPÓRTER DA GLOBO )... AHH.. EU ME LEMBRO DO JOÃO QUE NA ÉPOCA ERA " JOHNNY " . . .
    E ISSO ACHO QUE É O MÁXIMO QUE CONSIGO EXTRAIR DA MEMÓRIA !!!!!

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  8. Cara a vida é uma piada. Fazendo reportagens pra band em Campos encontrei o Lula e o André em Sto Antonio do Pinhal dando aula de paraglider, que louco.....me dão um pauta e chego lá do de cara com eles que não via a sei lá qtos anos.
    Puta festa,até voo teve,rs
    Vi mais umas duas vz até 2000 mais ou menos depois mudei de funçõ e aí não fui mais pra rua como antes e com a saída do Luchetti band perdeu a graça. Ele montou AllTv e tá muito bem, a gente ia até botar uma tv em SJ dos Campos, mas caminhos mudaram de novo. O João era Johnny mesmo, nego de primeira, irmão mesmo, virou um cátedra em movimentos negros e tal, O Cara, meu amigo,rs
    Adorava a familia dele, negrada de primeira mesmo, fora o Fausto que era um magrelinho primo dele, o Lori (jacaré) e assim vai, me lembro muito de algumas coisas, como o Lelo, o Joy, Marinho, Ligia, Sergião da passagem D que até hj faz comerciais pra tv, zoró que morreu bestamente num acidente de moto, nossa cara, Silvinho Pom pom que encontrei em ubatub como ger da cetesb. Cara aquilo era uma pequena cidade com os colégios no meio, e os bairros, que saudade do Ulisses do Morro e outros,como os jockeys e suas familias, o general e seu corcel branco baixista fudido de nossa banda, nossa, parei a emoção foi boa agora.
    Apareça.
    Enjoy!!!!!!!!!!!!!!!

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  9. Anônimo10:08 PM

    Meu nome é Marcos, tenho 57 anos e estou procurando pessoas que estiveram no show do Som Nosso em BH, no Cine Brasil, 1974. Contatos: artistabh@yahoo.com.br

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