25 de ago. de 2010

"Era um garoto que como eu..." - 25 de Agosto - Dia do Soldado



Aos amigos mutantes peço licença para expressar mais um dos meus sentimentos e cada um que aqui vem sabe que sou assim mesmo; transparente mesmo por traz de um avatar, mas o avatar de lobo não foi por acaso e qqr dia explico.

Hoje quero prestar uma homenagem "ao soldado"; garoto que como eu aos 18 anos foi obrigado a se incorporar as forças armadas, numa época turbulenta do país e que até hoje deixa sequelas.

Não estou aqui pra defender nem atacar, mas vivi um momento como jovem muito difícil em que sair fardado à rua era correr risco de ser espancado e morto; andávamos em grupos prq éramos orientados que estávamos na mira de uma gente raivosa e sem escrúpulos que dizia lutar pela liberdade mas tirava a dos outros que não fossem como eles.

Que culpa tinha um jovem de 18 anos se a dita estava lá no poder e a revolução era contrária?



Porque deveríamos pagar por sermos obrigados a servir a pátria com a vida?

Mas lá dentro dos muros da famosa e temida Policia do Exército, aprendi a conhecer a amizade, a lealdade, o respeito pelo País de verdade e não pelo que um lutava e outro defendia.

O Brasil não tem culpa por seu povo, uma nação é o que seu povo faz e que pena, olha no que nos tornamos.

Sim, existiam radicais de ambos os lados, mas olhe a sua volta e verá que todos que àquela época lutavam pela liberdade hoje se locupletam do País, nos tirando o direito à educação de qualidade, à saúde, à dignidade.
Sim são os mesmos que amedrontavam jovens soldados ou até matavam em nome da tal "democracia"; bom uma palavra que começa com "demo".... não sei tenho dúvidas.

Olhe a sua volta e veja, eu estive lá e só conheci pessoas como eu que queriam um futuro melhor e quando saíamos em rondas noturnas evitávamos a mando dos que comandavam a patrulha locais de aglomeração prq muitos achavam triste levar detidos jovens que só queriam se divertir e descumpriam as leis militares.

Estas pessoas se tornaram jornalistas, músicos, médicos, dentistas, garis, pedreiros, e ajudam ainda a construir esta nação.

Não, os milícos não são e nunca foram santos, mas também do lado dos revolucionários haviam em grande quantidade bandidos e marginais travestidos de democratas.

Que país é esse?

Que país é esse..............!!!!!!



Letra: Ten Cel Alberto Augusto Martins
Música: T. de Magalhães

Nós somos da Pátria a guarda,
Fiéis soldados,
Por ela amados.
Nas cores de nossa farda
Rebrilha a glória,
Fulge a vitória.

Em nosso valor se encerra
Toda a esperança
Que um povo alcança.
Quando altiva for a Terra
Rebrilha a glória,
Fulge a vitória.

A paz queremos com fervor,
A guerra só nos causa dor.
Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada
Lutaremos sem temor.

A paz queremos com fervor,
A guerra só nos causa dor.
Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada
Lutaremos sem temor.

Como é sublime
Saber amar,
Com a alma adorar
A terra onde se nasce!
Amor febril
Pelo Brasil
No coração
Nosso que passe.

E quando a nação querida,
Frente ao inimigo,
Correr perigo,
Se dermos por ela a vida
Rebrilha a glória,
Fulge a vitória.

Assim ao Brasil faremos
Oferta igual
De amor filial.
E a ti, Pátria, salvaremos!
Rebrilha a glória,
Fulge a vitória.

A paz queremos com fervor,
A guerra só nos causa dor.
Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada
Lutaremos sem temor.

A paz queremos com fervor,
A guerra só nos causa dor.
Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada
Lutaremos sem temor


No que nos tornamos?

Em quem devemos confiar?

Só sei de uma coisa, fiz muitos amigos no meu tempo de serviço militar e os admiro prq como eu, sabiam a diferença entre o certo e errado com apenas 18 anos enquanto nossos líderes e os guerreiros pela paz só conheciam a dor, o ódio e a morte.

Sei que muitos não irão concordar e isso acho ótimo, mas nunca iria querer de volta a "dita" mas gostaria muito que todos que morreram pela liberdade estivessem em paz ao invés de ver que vivemos cercados de "mensalão", "cuecas", "dedo cortado pra ganhar aposentadoria" e "falsa democracia"; só morreram pessoas de um lado?

Haviam sim os porões e as torturas, mas só de um lado?

Do outro só "vestais"?



Olavo Bilac escreveu esse poema, que se chama Pátria. Sua versão completa esta transcrita abaixo:

"Ama, com fé e orgulho a terra em que nasceste! / Criança! Não verás nenhum país como este! / Olha que céu! Que mar! Que rios! Que floresta! / A natureza, aqui, perpétuamente em festa. / É um seio de mãe a transbordar carinhos (..) / Criança! não verás país nenhum como este: / Imita na grandeza a terra em que nasceste!"


Bilac não era santo mas quem é?

Enjoy!!!!!!!!!!!!!!!!!!

3 comentários:

  1. Pô cara ,agora lembrei da minha infância ,em todas as datas comemorativas,hasteavamos a bandeira em frente a escola e cantavamos o hino dedicado a data.Era patriotismo
    cara,hoje ninguém mais conhece nossos hinos (nem a Vanusa KKKKKK).
    Valeu amigoexcelente postagem.
    abs.

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  2. Sabe nossa época como vc diz ficou marcada pela dita, mas nós crescemos nessa época e que eu me lembre eu tive muitos momentos felizes sim. Tive de atravessar a ponte de pinheiros(á época) pra ir ao banco com minha madrinha sacar um trocado e lá chegando estava já fechada a caixa econômica, e na ponte na ida e na volta o exército em peso.
    Passei por essas e mais outras, acho que torturadores devem sim ser presos, mas dos dois lados, prenda militares e gente que agiu errado mas dos dois lados.
    Agora por causa da fase que vivi, hj é politicamente incorreto ficar contra os revolucionários. Revolucionários uma porra!!!!!Estão todos encastelados nos governos ou por trás deles e muito ricos e qdo são descobertos os governos os encobrem, a liberdade eu não troco por nada, só pela verdade e é o que falta, só ver que agora vamos eleger um poste e o futuro só Deus sabe, é melhor sim votar, mas isso é escolher?
    Sei lá..........
    Enjoy!!!!!!!!!!

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  3. Beleza Dead?
    Pô, só agora vi seu post. Gostei MUITO!!
    Vc sabe como eu penso e vc é até BEM mais maleavel que eu. O seu comentário e o do Mauri também me levaram a minha infancia, pois também peguei a época de ficar em fila no pátio e cantar vários hinos antes de entrar p/ aula no Alfredo Bresser. É a nossa base cívica, que hoje falta pra essa molecada. Eu também morava em Pinheiros, rua São Manoel, travessa da rua Butantã e me lembro que a rua era o quintal de todos, onde jogavamos bola, pique, esconde e tal, e as brincadeiras só eram interrompidas quando alguém vinha gritando "corre, corre, os estudantes, os estudantes", isso em 68, eu tinha 7 a 8 anos, e saiamos todos correndo p/ casa porque o pau ia comer. Aí ficavamos trancados dentro de casa olhando pela fresta da janela e lembro de varias vezes em que o pau comeu no largo de pinheiros e foi parar em frente de casa, pois a policia encurralava os caras e eles tinham que fujir para as travessas onde acabavam pegos. Os meganha pegavam pesado e saia muito sanguem pela boca e nariz dos "revolucionários". Mas lembro que eu não ficava com dó deles não, pois, na nossa cabeça, eles eram os bandidos da história. Além do mais, a gente queria era a liberdade de brincar na rua e eram eles que estavam atrapalhando nossa brincadeira e roubando essa nossa liberdade. E na verdade, era isso mesmo, porque a vida corria de maneira muito tranquila para a maior parte da população, com uma liberdade que hoje nenhuma criança ou adulto tem, e a tal repressão da dita, só aparecia quando eles vinham em passeata, quebrando tudo ou de atentados, assaltos ou assassinatos por eles praticados, ou quando descobriam os planos antecipadamente. Hoje, não penso muito diferente não e tenho a mais absoluta tranquilidade em dizer que, assim como miseraveis são usados pelo MST, assim como inocentes indios são usados por ONGs indigenistas, aqueles jovens também foram verdadeira massa de manobra de gente que nunca nem de leve cogitou viver numa democracia. Foram vitimas! Não dos militares e sim de umas 2 duzias de cabeças de psicopatas que aperfeiçoaram sua doença em cuba e que hoje estão aí nos governando e começando a desnudar sua verdadeira face. Seria bom que não tivesse existido o (contra)golpe e o AI5? Sim, mas sem isso teria sido MUITO pior. Qualquer um que ler o manual do Marighella não chegará a uma conclusão diferente.

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