14 de out. de 2013

Genesis in Little Pieces


Falar de Genesis aqui no SM tem que ter cuidado, pois há vários especialistas no assunto. Mas vou me arriscar, pois sou um grande fã desta maravilhosa banda. O Genesis apresenta quatro momentos bem distintos, que vou organizar aqui, baseado em pesquisas rápidas na Internet e minha opinião.

1 - Início: A banda foi formada em 1967, quando os seus fundadores Peter Gabriel, Mike Rutherford e Tony Banks ainda estudavam na Charterhouse School em Londres. Com Anthony Phillips (guitarra) e Chris Steward (bateria), gravaram seu primeiro álbum "From Genesis to Revelations", em 1968, depois de fazerem um acordo com Jonathan King, um compositor e produtor. A banda gravou uma série de músicas refletindo o estilo pop leve dos Bee Gees. O álbum não foi bem e a banda sentindo-se manipulada por King disse-lhe que tinham se separado, para conseguirem quebrar o contrato que tinham com ele.  Acabaram por fazer outro contrato com a Charisma Records. Devido às atuações ao vivo, a banda começou a ser conhecida por melodias hipnóticas, que eram muitas vezes também, escuras, assombradas e com uma sonoridade medieval. Anthony Philips deixou a banda em 1970 logo após o lançamento de Trespass devido a discordâncias quanto ao rumo que a banda estava a seguir e a episódios de medo do palco.

File:Genesis 1967 lineup.jpg

2 - Era Peter Gabriel: A partida de Phillips foi bastante traumática para Banks e Rutherford que devido a Phillips ser um membro fundador, tinham dúvidas se deveriam ou não continuar sem ele. Eventualmente os restantes membros reuniram-se renovando o compromisso com os Genesis. Steve Hackett e Phil Collins juntaram-se ao grupo após terem respondido a anúncios no Melody Maker e realizado audições com sucesso. Em 1971 editam Nursery Cryme. Em 1972 é editado o álbum Foxtrot que continha a faixa de 23 minutos “Supper’s ready” e “Watcher of the skies” inspirado em Arthur C. Clarke; a reputação dos Genesis como compositores e intérpretes sai solidificada. A presença em palco extravagante e teatral de Peter Gabriel que envolvia numerosas mudanças de vestuário e histórias surreais contadas como introdução para cada música, fizeram da banda uma das mais faladas no princípio dos anos 1970, principalmente no que dizia respeito a espetáculos ao vivo. Selling England by the Pound, editado em 1973, é aplaudido tanto pela crítica como pelos fãs, considerado como o seu melhor trabalho. Clássicos como “Firth of Fifth” e “Cinema Show” seriam peças fundamentais nos concertos da banda durante muitos anos. A banda rapidamente se aventurou num projeto muito mais ambicioso, o álbum conceitual The Lamb Lies Down on Broadway, que foi editado em Novembro de 1974. E esta, em minha opinião, é a formação mágica, o Genesis original, e este ábuns acima citados, são o seu legado. Trabalhos posteriores da banda, ou carreiras solo, não são tão grandiosos e perfeitos como essas obras primas.


3 - Era Pós Peter Gabriel: Peter Gabriel deixou a banda em 1975 logo após a divulgação de The Lamb Lies Down in Broadway por se sentir cada vez mais separado da banda, tendo o seu casamento e o nascimento do primeiro filho ajudado a aumentar essa tensão pessoal. Os outros membros do grupo fizeram praticamente todas as músicas do álbum, tendo Gabriel limitado-se a escrever a história e as letras sozinho. O primeiro álbum solo de Gabriel, Peter Gabriel I de 1977 continha “Solsbury Hill”, uma alegoria à sua saída dos Genesis. Após considerarem vários substitutos para Gabriel, decidiram que Phil Collins iria substituí-lo, mudando assim a forma da banda de um quinteto para um quarteto. Para surpresa de muita gente, Collins provou ser o vocalista ideal para a banda, já que havia quem achasse que a banda cairia na miséria sem Peter Gabriel. A Trick of the Tail e Wind and Wuthering, editados com um ano de intervalo um do outro, foram bem recebidos na generalidade, demonstrando que os Genesis afinal eram mais do que uma banda de suporte do seu ex-líder. Bill Bruford, acabado de sair dos King Crimson, juntou-se ao grupo em 1976 como baterista e mais tarde, Chester Thompson (veterano dos Weather Report e de Frank Zappa) tomaria conta da bateria nos concertos, deixando Collins livre para o vocal. Os álbuns lançados nesta época são realmente muito bons (não se comparam aos anteriores), e seguiram uma linha de Rock Progressivo, embora mais melódicos.


4 - Era Phill Collins: Em 1977 Steve Hackett deixou o grupo. Para o seu lugar foi chamado Daryl Stuermer. A saída de Hackett refletiu no título do álbum seguinte And Then There Were Three, pois o grupo passara a ser um trio. Este álbum iniciou também outra grande alteração, com a banda a afastar-se das músicas longas e a entrar no formato mais curto e amigável para as rádios; este álbum conseguiu o primeiro single de êxito nos Estados Unidos com "Follow you follow me". Seguiu-se Duke que atingiu a platina e que trouxe mais dois grandes êxitos para a banda, "Turn it on again" e "Misunderstanding". O êxito dos Genesis pelos anos 1980 estava assegurado, embora muitos fãs da era Gabriel se sentissem alienados. Cada álbum tornava-se mais e mais comercial e as audiências aumentavam na mesma proporção. Mas na minha opinião, esta nova banda chamada Genesis, não é mais o Genesis Original... Há outras fases, porém podemos parar por aqui. O Genesis é um grande sucesso hoje, mas não se parece em nada com a banda da fase Peter Gabriel. (Deixando bem claro que essa é opinião do Véio).


A seguir, para complementar esta versão da história do Genesis, convido-os a escutar alguns álbuns:

Os dois álbuns da fase inicial:

Genesis - (1969) From Genesis To Revelation


Genesis - (1970) Trespass

Dois shows da fase Peter Gabriel:

Genesis - BBC in Concert (1972)


Genesis - (1974) Rock Theatre

Para conhecer melhor cada um dos integrantes originais do Genesis em suas carreiras solo:

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Anthony Philips: Anthony Edwin "Ant" Phillips (Londres, 23 de dezembro de 1951) é um músico da Inglaterra conhecido por sua participação na banda Genesis. Ele tocou guitarra e cantou como vocal de apoio até sua saída em 1970, seguido do lançamento do segundo álbum da banda, Trespass. Após aconselhamento médico, o músico deixou a banda por pânico de palco (apresentação em público). Nursery Cryme, o primeiro álbum da banda após a saída de Phillips, contava com duas canções da época do músico na banda, "The Musical Box" e "The Fountain of Salmacis". Em seguida, Phillips estudou música erudita e realizou gravações com Harry Williamson, Mike Rutherford e Phil Collins, entre outros. Seu primeiro álbum solo foi lançado em 1977, The Geese and the Ghost. Wise After the Event foi lançado no ano seguinte, seguido de Sides em 1979.

Anthony Phillips - (1978) Private Parts And Pieces


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Peter Gabriel: Peter Brian Gabriel (Chobham, 13 de fevereiro de 1950) é um músico do Reino Unido, um dos artistas representantes da World Music, assim como um dos seus principais incentivadores. Apesar disso, sua carreira está intimamente relacionada ao pop. Tornou-se famoso por ser o vocalista, flautista e líder da banda de rock progressivo Genesis, partindo posteriormente para uma bem sucedida carreira solo. Peter também é envolvido em diversas causas humanitárias. Apaixonado pela soul music, Gabriel foi influenciado por diferentes fontes para seu canto, incluindo Nina Simone, Gary Brooker do Procol Harum e Cat Stevens. Ele tocou flauta no álbum de Stevens Mona Bone Jakon de 1970. No entanto, as maiores influências de Gabriel vieram posteriormente: David Bowie e Syd Barrett fundador do Pink Floyd, que estavam redefinindo a cena musical britânica no final dos anos 60 e início dos anos 70.

Peter Gabriel - 1977 (1 Car)


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Mike Rutherford: Mike Rutherford (nascido Michael John Cleote Crawford Rutherford em 2 de outubro de 1950 em Guildford, Surrey) é um músico britânico. Enquanto estudava na Charterhouse School, tornou-se membro fundador da banda de rock progressivo Genesis, inicialmente no baixo, violão de 12 cordas e vocal de apoio. Posteriormente também tornou-se guitarrista. Rutherford também liderou a banda Mike and the Mechanics. A linha de baixo de Rutherford é conhecida por ser bem construída e com grande base técnica e de inovação, tendo se destacado no movimento do rock progressivo no qual o Genesis estava inserido. Rutherford também destacava-se na execução do violão de 12 cordas. Após a saída de Hackett da banda, Rutherford assumiu seu lugar como guitarrista. Seu estilo, considerado não tão técnico quanto o de Hackett, era marcado pela harmonia e criatividade. Durante turnês, o músico alternava entre o baixo e a guitarra com o músico convidado Daryl Stuermer. Durante o hiato do Genesis, Mike gravou dois álbuns solo, Smallcreep's Day e Acting Very Strange, e liderou a banda Mike and the Mechanics.

Mike Rutherford - 1980 Smallcreep's Day


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Tony Banks: Tony Banks (nascido Anthony George Banks em 27 de março de 1950, em Sussex, Inglaterra) é um compositor, letrista e tecladista britânico. Foi um dos membros fundadores do Genesis, e junto com o guitarrista e baixista Mike Rutherford foi o único a pertencer à banda desde o princípio. Banks possui formação em piano clássico, e foi autodidata ao aprender guitarra. Estudou na Charterhouse School em meados da década de 1960, na qual conheceu Peter Gabriel em 1965. Junto com o baterista Chris Stewart eles formaram a banda The Garden Wall. Ela foi fundida com a banda Anon, que incluia Mike Rutherford e Anthony Phillips. Gravaram alguns demos que acabaram conduzindo a formação do Genesis. Os solos elaborados, com timbragens de órgão Hammond, Mellotron e diversos sintetizadores menos conhecidos, juntamente com o uso de progressões harmônicas nas composições são as marcas mais fortes da musicalidade de Banks. Embora não seja tão citado quanto os colegas Rick Wakeman ou Keith Emerson, o talento de Banks deu estatura não só ao som do Genesis, mas ao estilo que foi cunhado pela imprensa britânica como rock progressivo. Algumas de suas composições mais características são Firth of Fifth, The Cinema Show e Home by the Sea, que ajudaram a estabelecer a identidade sonora do Genesis. Após a saída de Gabriel e Hackett, Banks foi o primeiro dos três remanescentes a lançar um álbum solo, entretanto, não atingiu grande sucesso de público como Mike Rutherford e Phil Collins.

Tony Banks - A Curious Feeling (1979)


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Steve Hackett: Stephen Richard Hackett (12 de fevereiro de 1950, em Pimlico, Inglaterra) é um compositor e guitarrista britânico. Ganhou fama como um dos integrantes da banda de rock progressivo Genesis, da qual tornou-se membro em 1970. Hackett permaneceu por oito álbuns, deixando a banda em 1977 a fim de iniciar uma carreira solo. Em 1986 Hackett cofundou o supergrupo GTR junto com outro guitarrista de rock progressivo, Steve Howe do Yes e Asia. Lançaram um álbum auto-intitulado no mesmo ano, que atingiu a 11ª posição da Billboard 200 nos Estados Unidos. Com sua saída da banda em 1987 o grupo acabou terminando suas atividades. Hackett então reassumiu sua carreira solo e vem lançando álbuns e participando de turnês desde então. Também fez uma participação especial no primeiro álbum de Ritchie, Vôo de Coração em 1983, compôs em parceria com o conterrâneo radicado no Brasil a música-título e gravou o solo de guitarra, que o próprio já assumiu ser um de seus favoritos. Steve Hackett também ficou famoso por ser o criador da famosa técnica de tapping, muito popularizada por Eddie Van Halen.

Steve Hackett - (1975) Voyage of the Acolyte


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Phil Collins: Philip David Charles Collins, (Londres, 30 de janeiro de 1951), mais conhecido como Phil Collins, é um músico britânico. Foi baterista e vocalista da banda Genesis, mas também atingiu êxito na carreira solo. Phil Collins já colaborou com vários artistas conhecidos, como Bone Thugs'N'Harmony, Paul McCartney, George Harrison, Eric Clapton, Roland Orzabal, Roger Taylor, Robert Plant, Ringo Starr, John Lennon,Elton John, Mike Oldfield, Sting, Anni-Frid Lyngstad do ABBA, Mark Knopfler, Peter Gabriel, e Bee Gees. Fez uma participação especial em Woman in Chains, do Tears for Fears, também participou do álbum Break Every Rule de Tina Turner, tocando bateria em músicas como Typical Male e Girls, e também colaborou com a banda Led Zeppelin no Live Aid, tocando bateria. Depois que Peter Gabriel deixou o Genesis em 1975, Collins assumiu os vocais. Esse foi o período de maior sucesso comercial da banda, que continuou através dos anos 80. Enquanto trabalhava tanto como vocalista quanto de baterista, dava os primeiros passos de uma bem-sucedida carreira solo. Phil Collins é considerado por muitos responsável pela transformação POP do Genesis, que após o hit "Follow You, Follow Me", se distanciou do Rock Progressivo. Eu não sou muito chegado no Genesis, era Phil Collins e também na carreira solo. Embora tenha tido muito sucesso, é muito POP para meu gosto. Mas considero Phil Collins um grande músico e um grande batera. Segue um trabalho paralelo de Phil, com uma excelente banda de Jazz Rock Fusion, a Brand X.

Brand X - (1975) Unorthodox Behavior




E, caso cruzem com um dos integrantes do Genesis, eles estão assim hoje:




ENJOY!!!!

10 de out. de 2013

ELOY - "Visionary" - 2009



O título deste álbum, "Visionary", faz jus ao seu criador Frank Bornemann, que sem dúvidas alguma é um visionário que está sempre muito além de seu tempo, nos surpreendendo a cada novo trabalho e o melhor de tudo é que ele não tem pressa, pois este álbum é lançado onze anos depois de "Oceans 2", apto a atrair a quem o escutá-lo uma única vez.

Neste trabalho, nós somos remetidos à fase áurea do rock progressivo, pois os conceitos mais fundamentais desta complicada vertente musical são resgatados e adaptados à nova realidade em que vivemos e ao mesmo tempo em que estes elementos do passado são utilizados a sensação é de escutar algo novo, sem o ranço de um saudosismo recuperador que às vezes nós mesmos buscamos por falta de novas opções musicais.


Frank Bornemann está como sempre esteve, ou seja, irresistível em suas composições, sua guitarra está mais afiada que uma navalha e sua voz pouco mudou com tempo e como sempre, não se fez de rogado, montou a estrutura da banda da melhor forma possível, já que o Eloy praticamente a cada álbum tem uma nova formação, então um velho e conhecido parceiro, Klaus-Peter Matziol que teve a honra de participar da melhor fase da banda entre 1975 e 1980, reúne-se mais uma vez ao grupo e dá sua fundamental contribuição.

Não bastasse isso, nos teclados, Michael Gerlach e Hannes Folberth dão um show à parte com seus sintetizadores e Bodo Schopf fazendo muito bem a sua parte na bateria e percussão, fecham o primeiro escalão da banda que ainda recebeu um reforço extra com músicos convidados que fecham o elenco que formou a banda para este álbum.


A música de abertura, "The Refuge" já indica o que se pode esperar de um álbum tão tardio, tão fora de sua época, a não ser uma gratíssima surpresa, com um conjunto de músicas muito bom e que certamente agradará a quem já está ou não familiarizado com a banda, tendo em vista que é um trabalho vigoroso com poucos momentos de tranquilidade, mas com muitos sintetizadores nervosos orquestrando o complexo enredo musical criado a partir da louca e genial mente de Frank Bornemann.


Gostaria apenas de destacar três musicas que me chamam muito a minha atenção, "Age of Insanity", "The Challenge" que é uma continuação para "Time to Turn" e “Age of Insanity", primeiramente por serem músicas com uma qualidade musical que há muito tempo eu não escutava e em um segundo plano, este de ordem pessoal, todas as vezes que as escuto, me lembro de situações vividas a mais de trinta anos atrás em que a trilha sonora fatalmente era algum álbum do Eloy ou alguma outra grande banda, pois naquela época era o que eu mais escutava, juntamente com Yes, ELP, Camel e Genesis, me proporcionando momentos de profunda alegria e bem estar que renovam a alma profundamente.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Musicians: 
Frank Bornemann (lead vocals, guitar)
Michael Gerlach (keyboards)
Hannes Folberth (keyboards)
Klaus-Peter Matziol (bass)
Bodo Schopf (drums, percussion)

Guest Musician:
Anke Renner (vocals)
Tina Lux (vocals)
Volker Kuinke (flute)
Christof Littmann (keyboards and orchestrations)
Stephan Emig (percussion)

Tracks:
01. The Refuge 4:54
02. The Secret 7:44
03. Age of Insanity 7:55
04. The Challenge (Time to Turn Part II) 6:43
05. Summernight Symphony 4:27
06. Mystery (The Secret Part II) 9:01
07. Thoughts 1:24

7 de out. de 2013

Frank Marino & Mahogany Rush


Uma grande banda canadense, assim como Triumph, Rush, Neil Young. Mahogany Rush é uma banda de Rock liderada pelo guitarrista Frank Marino. a banda atingiu seu auge na década de 70, onde se apresentou no California Jam II, dividindo o palco e as atenções com outras bandas de peso, tais como Aerosmith, Ted Nugent e Heart. Um sonzaço, com uma guitarra que lembra muito Jimi Hendrix, a principal influência de Frank Marino.


Uma breve historinha em inglês: " Mahogany Rush was moderately popular in the 1970s. Their records charted in Billboard, and they toured extensively, playing such venues as California Jam II (1978). Toward the end of the 1970s, the band began to be billed as "Frank Marino and Mahogany Rush." Not much later, Mahogany Rush split up and in the early 1980s Marino released two solo albums on CBS. The band reformed and continued to perform throughout the 1980s and 1990s. In 1993, Marino retired from the music industry. Marino returned in 2001, inspired in part by a fansite, www.mahoganyrush.com: "I always knew we had fans, I just didn't know I'd find half a million of them on the Web," he said in an interview with Guitar Player in 2005. He released Eye of the Storm, and went on tour again, playing more improvisational shows. Frank is still active, recording and touring under his own name. He has also been involved in blues recordings with other artists as well, playing on tribute albums to Albert King and Stevie Ray Vaughan. (Wikipedia)



Para conhecer melhor esta banda, nada melhor que os dois primeiros álbuns:


1972 Maxoom


1974 Child of the Novelty

4 de out. de 2013

Guitarra Brasilis - Talentos que não podemos deixar de admirar



Caros amigos e visitantes do "Som Mutante",

Este é mais um post feito pelos convidados do querido Dead or Alive, neste caso, é a minha singela contribuição para esta comunidade de admiradores da boa música, seja ela de que cor, credo e sotaque possa ser. O que todos aqui temos em comum, é a paixão, a 'adoração' pelos sons que nos embalam e que de alguma maneira mexem com nossos sentimentos e emoções.

Depois de tantos posts e sons de rara qualidade aqui postados pelos colegas/amigos e agora companheiros de trabalho: Luciana Aun, Véio, Gustavo, V2 e Javanês, fico até melindrado em tentar compartilhar algo que possa ser do mesmo quilate. Não pela qualidade dos três artistas aqui comentados, que é inegável - e vocês irão poder comprovar e concordar (ou não...) comigo; mas sim pela falta de prática em postar aqui  no blog (tive um, mas mandei para Saturno).

Para compensar esta falta de traquejo, vou acabar copiando grande parte do texto deste post de fontes de terceiros (seja de cada um dos artistas retratados, seja do Wikipedia, seja de outras revistas e jornais). Se bem que postar é muito parecido com andar de bicicleta - mas mesmo os ciclistas mais experientes às vezes levam um tombinho... Não é mesmo, Aponcho?

Notem que para o grande Marcio Bach (e eu diria, um de meus guitarristas brasileriros prediletos), quase não consigo nenhuma informação além daquela constante no encarte do CD. Assim, contribuições para enriquecer este post serão muito bem vindas. Aqui não é o texto de um, mas a soma do trabalho de todos.

Espero que gostem e se possível apoiem estes heróis da resistência comprando seus álbuns em seus sites e lojas especializadas. Assim, chega de conversa mole (ou seria teclado mole?), e vamos às biografias de cada um deles.


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ALEX MARTINHO

Biografia:

Formado pelo GIT (Musicians Institute - USA) em 1992, Alex é colaborador efetivo de conceituadas revistas especializadas em música, como Cover Guitarra (onde tem uma coluna mensal desde 1999), Guitar Player e Música e Tecnologia. Em 1998 e 1999, acompanhou a banda do Celso Blues Boy. Ele é endorser das empresas NIG, N Zaganin, Snake, Sergio Rosar e Powerclick.

Discografia:

Solo
1994 - "Alex Martinho"
2001 - "Evolution"
2011 - "Universo em Mim"

Em parceria com Sydnei Carvalho
(2004) - "Intensity"
(2006) - "Intuition"2
(2009) - "Double Vision" (DVD Duplo)

Com a Banda Homônima
2005 - "RHUNA"

Prêmios e Indicações:

1995 - Prêmio Sharp de Música - CD "Alex Martinho" (indicado)
2005 - Prêmio Claro - Melhor Cd de musica instrumental do ano (CD "Intensity")
2007 - Prêmio Toddy/Revista Dinamite de Música Independente - Melhor CD Instrumental do Ano (CD "Intuition")



Entrevista na Revista GUITAR PLAYER, Fevereiro/2002 
Pág. 31 - "ALEX MARTINHO - Bom Gosto Instrumental ", 
por Vera Kikuti  

O rock instrumental será sempre um estilo fascinante enquanto músicas bonitas e guitarras de bom gosto forem seus principais ingredientes. É o que mostra Alex Martinho em seu mais recente CD, "Evolution", um álbum repleto de belas composições, melodias marcantes, riffs legais e solos arrasadores.

O nome do novo CD de Alex reflete o momento atual do guitarrista. "Meu primeiro trabalho foi feito em uma época em que eu queria tocar com muita técnica e velocidade. Já o segundo álbum está mais maduro em relação à execução no instrumento e à composição", revela o guitarrista. "Entre o primeiro e o segundo CD, voltei um pouco para as origens. Ouvi muito Jimi Hendrix, Eric Clapton, Jimmy Page, Rush e Yes. Procurei fazer uma abordagem de banda neste disco. O meu primeiro trabalho foi mais de guitarrista."

Todas as músicas do Evolution são composições próprias. "Procuro sempre estar com o meu gravador. Registro todos os riffs e melodias que vão surgindo, faço uma coletânea do material e depois vou juntando temas e polindo idéias", explica. "Se estou sem um instrumento por perto, gravo a idéia cantando e depois tiro a melodia na guitarra."

A história de Alex com as seis cordas começou depois que ele assistiu ao Rock in Rio 1, em 1985. "Fiquei fascinado por bandas com grandes guitarristas, como Iron Maiden, Queen e Whitesnake", diz ele. Aos 13 anos, iniciou seus estudos no instrumento. "Meu irmão ganhou uma guitarra de presente de Natal, tentou aprender a tocar, mas depois desistiu. Comecei então a ter aulas e a tirar músicas de rock nacional." O próximo passo do guitarrista foi montar uma banda e, para acompanhá-lo, incentivou seu irmão, Rodrigo Martinho, a tocar bateria. Convidou também um amigo da escola, Fabio Lessa, para cantar no grupo, e, como não acharam um baixista, Alex o motivou a tocar baixo. O jovem trio começou a fazer shows em bares do Rio de Janeiro, tocando covers de bandas como Van Halen, Bon Jovi e Faith No More. A química deu certo. Rodrigo Martinho e Fabio Lessa gravaram os dois trabalhos solos de Alex Martinho e até hoje o acompanham em shows. "Hoje nós três somos músicos profissionais. Crescemos tocando juntos", conta o guitarrista.

Alguns anos após seu primeiro contato com o instrumento, Alex Martinho conheceu um outro jovem estudante de guitarra, Marcelo Gomes, que lhe mostrou músicas de Joe Satriani, Steve Vai e Yngwie Malmsteen. "O Marcelo foi estudar nos Estados Unidos e depois de seis meses convenceu meus pais a apostarem em mim e fiz um ano de curso no GIT", lembra Alex. "Lá, aprendi a me organizar e a dividir meu tempo de estudo, pois eu tinha uma quantidade enorme de material para estudar", relembra Alex. O guitarrista também reservava parte de seu tempo para tirar músicas e compor, colocando em prática o que aprendia. Depois de terminar o curso, Alex voltou para o Brasil com músicas prontas e gravou seu primeiro CD. Em seguida, tocou na banda de Celso Blues Boy por quase dois anos. "Viajávamos e fazíamos muitos shows. Abrimos para o Robert Cray e tocamos no ATL Hall, no Rio de Janeiro, e no DirecTV, em São Paulo", conta. "Foi um ótimo período de aprendizado e adquiri bastante experiência de palco."

Em "Evolution", Alex assumiu o controle total da gravação. "Em vez de gravar em um grande estúdio, com orçamento e tempo limitado, preferi as vantagens de registrar o álbum em meu próprio estúdio", diz ele. O CD foi gravado em hard-disk com sistema Yamaha DSP Factory. O velho amigo de Alex, Marcelo Gomes, que hoje mora nos Estados Unidos e é engenheiro de som de Steve Vai, co-produziu o trabalho. "O Marcelo veio para o Brasil e me deu muitas dicas sobre microfonação. Ele não pôde participar de todo o processo, mas eu ligava com frequência para lhe fazer perguntas e enviava gravações para ele escutar. Alguns meses depois, ele voltou para realizar a mixagem e me ajudou a lapidar os sons de guitarra", relata Alex.

Para as gravações, Martinho usou sua guitarra Condor FC45OFM, equipada com captadores EMG (um humbucker 81, na ponte, um 85, no braço, e single-coil SA, no meio) e encordoada com cordas NIG .009. Ele também empregou sua fiel Ibanez RG570 - que o acompanha desde seus estudos no GIT -, equipada com humbuckers DiMarzio Fred, na ponte, e Seymour Duncan Full Shred, no braço.

Alex pluga as guitarras direto em um Line 6 AX2-212, um combo com simulação de amplificadores e efeitos embutidos. "Tive cabeçotes, caixas e racks efeitos, mas, para os shows, eu precisava de ajudantes para carregá-los", conta. "Quando conheci o Line 6, gostei dos timbres e da praticidade de plugar a guitarra e ter o som pronto."

O disco de Alex Martinho foi lançado de forma independente e pode ser adquirido através do site www.martinho.com 

"O importante é sempre seguir em frente e não se importar com as dificuldades. A pior coisa que alguém pode fazer é cruzar os braços ou desistir", afirma Alex.

"Faço a música que gosto e é gratificante ver meu trabalho crescendo. Vou conseguir meu espaço, assim como qualquer pessoa que tenha força de vontade, talento e determinação."


Baixe o DVD do show de 20 anos (disponibilizado de graça pelo próprio Alex) aqui: http://www.martinho.com/dvd20anos/Alex_Martinho_20_anos_(720p).mp4


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TIAGO DE MOURA

Nascido na cidade de Passo Fundo em 1974, Tiago de Moura teve seu primeiro contato com a música ainda no berço já que é filho de músico. Aos 7 anos já havia ganhado um violão de seu pai. No entanto, gostava mesmo era de percussão, pois tinha o costume de “bater lata” o dia inteiro. Mais tarde, aos 16 anos, começou a se interessar pela guitarra. No início, sua influência era o trash metal e foi nesse estilo que montou sua primeira banda chamada Vogelgesang, precursora do estilo na região. Nesse mesmo período, Tiago começou a conhecer músicos da noite e compositores, que lhe trouxeram outras influências, como a MPB e o rock nacional dos anos 80. Foi a partir daí que elaborou um repertório com alguns desses músicos e passou a tocar nas casas noturnas, mais especificamente em barzinhos, tocando justamente esses estilos, mas mantendo, até então, apenas a intuição e a pegada que o metal lhe dera.

Mas foi aos 20 anos que Tiago conheceu um guitarrista local chamado João Neto, que acabou dando uma guinada na forma como encarava a música e a guitarra. Passou a estudar seriamente as técnicas do instrumento e os elementos teóricos da música, o que o levou a entrar no curso de Música da Universidade de Passo Fundo e a participar de diversos cursos com músicos de renome como Pollaco (Guitarra, harmonia e improvisação), Alexandre Carvalho (Improvisação para todos os instrumentos), Julio Herrlein (Harmonia e improvisação), além de Edílson Ávila, Frank Solari, Sólon Fishbone, Mozart Mello e Joe Mograbi.

Assistiu também a workshops de inúmeros instrumentistas, como, Edu Ardanuy, Juninho Afram, Kiko Loureiro, Sydnei Carvalho, André Martins, Dudu Trentin, Kreg Owens, Paul Gilbert, Rafael Bitencourt, Arismar do Espírito Santo, Tiago do Espírito Santo, Marcinho Eiras, Artur Maia, Michel Leme, entre outros.

Tocou em bandas de baile e bandas covers durante vários anos.

Desde 1997 Tiago vem publicando periodicamente suas gravações. A primeira foi uma fita demo, lançada neste mesmo ano, contendo algumas composições próprias. Em seguida lançou mais dois CDs demo, que tiveram participações de importantes músicos como Guinha Ramires (violonista do Grupo Instrumental Dr. Cipó) e Alessandro Kramer (acordeonista do grupo Dr. Cipó e sideman de Yamandú Costa, Alegre Corrêa e outros instrumentistas brasileiros).

Depois de receber destaques em revistas especializadas como Cover Guitarra e Guitar Player, Tiago de Moura lançou em 2004 seu primeiro CD oficial, que lhe rendeu significativos comentários e resenhas meritórias por parte da crítica especializada. A partir daí, passou a receber convites para vários workshops.

Em 2007 Tiago de Moura lançou no mercado, pelo selo Café com Leite, o CD “Menino”, que considera o melhor disco de sua carreira. O disco contém composições próprias e também de grandes compositores, como Raul Boeira, Sandro Cartier, Tyaraju Moura e Welington Bonfim. Graças a esse disco, Tiago de Moura foi indicado como Melhor Instrumentista no prêmio Açorianos de Música que é a premiação mais importante do cenário musical do Rio Grande do Sul.

Em 2009 lançou o CD "Rain", que mostra seu amadurecimento artístico, promovendo a fusão de ritmos e fraseados brasileiros com as várias vertentes do rock instrumental, com temas melhor estruturados e com a participação de músicos e técnicos de renome.


O ano de 2010 veio recompensar Tiago de Moura pela sua dedicação. Participou do “Guitar Experience”, encontro que reuniou em Buenos Aires grandes guitarristas da América do Sul. Também foi destaque na edição de outubro da Revista Guitar Player Brasil”, na Seção Artistas/Pegada. E foi um dos vencedores do Projeto Rumos do Itaú Cultural, ao qual concoreram milhares de músicos de todo o país. Como prêmio, integrará uma banda formada por outros vencedores, que se reunirá em São Paulo com vistas a produzir um repertório que resultará em show no Itaú Cultural e gravação em áudio e vídeo do mesmo, além da criação de um programa de TV de 30 minutos, contendo os ensaios, entrevistas e partes do show.

Tiago de Moura vem intensificando suas apresentações, além de promover inúmeros workshops coletivos com importantes guitarristas tupiniquins. Seu nome já desponta como uma das grandes revelações da música instrumental do Brasil.


Entrevista para a "Guitar Player", 
em 2010

Tiago de Moura é um guitarrista gaúcho que vem se destacando no Sul do Brasil por sua criatividade e técnica afiada. No final de 2009, ele lançou seu mais recente CD instrumental, intitulado Rain, que traz dez faixas que vão do rock pesado ao fusion. Tiago contou com a participação de grandes músicos, como Edu Ardanuy. Em entrevista, Tiago fala sobre a criação e a gravação do novo disco.

Como foi o processo de composição das músicas de Rain?

Em meu primeiro e segundo CDs – Tiago de Moura e Menino –, o norte das composições foi unicamente a inspiração. Já em Rain, tive maior preocupação com a estrutura das músicas, definindo sempre a quantidade de compassos de cada parte. Isso facilitou a construção das melodias e solos de cada faixa.  É claro que a inspiração também esteve presente, já que sem ela é impossível fazer algo interessante.

Como foram feitas gravação, mixagem e masterização?

Faz tempo que montei meu home studio, mas eu o utilizava apenas para aulas e registro de ideias que surgiam. Então, decidi gravar de verdade e adquiri os equipamentos que faltavam. A partir daí, comecei o processo de gravação das guias e gravei todas as bases e solos – alguns ficaram no registro final, outros foram refeitos. Em seguida, enviei os arquivos para o Studio JNT, onde foram adicionados baixo, bateria e alguns teclados. Foram realizadas gravações adicionais de teclados no Studio Lazzarotto e no home studio de Michel Dorfman. A mixagem foi feita por Átila Ardanuy, no Bavini Studio, o que fez toda a diferença no resultado final. A masterização foi realizada no Studio Lazzarotto.


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MARCIO BACH
Aguardando contribuições sobre a biografia deste grande guitarrista.


Márcio Bach - segurando a guitarra branca



Baixe os 3 CDs aqui:

Alex Martinho - "EVOLUTION"
Enjoy at: http://www.sendspace.com/file/rq0o7d

Marcio Bach - "MARCIO BACH"
Enjoy at: http://www.sendspace.com/file/t07mzt

Tiago de Moura - "RAIN"
Enjoy at: http://www.sendspace.com/file/g9kp3m


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Caso algum dos músicos aqui "retratados" não queira que seu trabalho seja compartilhado no blog, basta me mandar um email ( zm.jazzrock at gmail.com ) e o link será imediatamente removido. 
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Não percam o próximo post do SM.
Stay tuned!

2 de out. de 2013

Hüsker Dü - Alternative Rock


Este é um post que estava sendo preparado faz um tempo. Uma banda do jeito que gosto, Baixo, Guitarra e Bateria, fazendo um som pleno, cheio, reinventando estilos e criando o seu próprio. Original, meio punk, meio hard rock, meio psicodélico. De certa forma, obscura.


Hüsker Dü foi uma banda americana de rock alternativo formada em Minneapolis-Saint Paul em 1979, que começou como uma banda de hardcore punk nos moldes de Black Flag e Minor Threat, tornando-se posteriormente uma mistura entre rock psicodélico dos anos 1960 com o punk e o hardcore que tocavam antes. Suas canções eram notáveis por unir a velocidade e agressividade do punk com o senso de melodia e sentimentalismo do pop, distanciando-se do engajamento político que apresentavam as demais bandas de hardcore. Frequentemente tida como uma das pioneiras do rock alternativo, a banda experimentou relativo sucesso nas rádios universitárias, mas separou-se, em 1987, antes de atingir sucesso comercial.

Integrantes:
Bob Mould - guitarrista e vocalista 
Grant Hart - baterista e vocalista 
Greg Norton - baixo


Hüsker Dü - Candy Apple Grey (1986)
Candy Apple Grey é o quinto álbum de estúdio da banda Hüsker Dü, lançado em Março de 1986.
O disco atingiu o nº 140 da Billboard 200.


29 de set. de 2013

Steve Hackett & Steve Howe


Às vezes acontece... O encontro de duas sumidades do Rock Progressivo. Steve Howe, guitarrista do YES e Steve Hackett, gutarrista do Genesis, fundaram em 1985, o GTR (abreviação de GUITAR). A banda durou apenas dois anos e produziu apenas um álbum. O som do GTR podemos imaginar...


GTR was formed following Steve Howe's departure from Asia in 1985, following which he and former Yes manager Brian Lane discussed plans for a new group. Howe expressed an interest in working with Hackett, who was then approached by Lane. Hackett proved amenable, despite some doubts as to the project setup: his last few solo albums (including the atypical all-classical-guitar project Bay of Kings) had sold disappointingly and despite his interest in continuing his acoustic work, he saw GTR as an option for sustaining his career at a prominent level and also financing future solo work.[1] Once the two guitarists were in place, the group was completed with the recruitment of American drummer Jonathan Mover (ex-Marillion, and later to work with Joe Satriani, Steve Vai and Alice Cooper), bass guitarist Phil Spalding (ex-Bernie Torme, Toyah, Mike Oldfield and Original Mirrors) and singer Max Bacon (ex-Moby Dick, Nightwing and Bronz).

Segue o único registro desta união divina:

GTR (1989)


27 de set. de 2013

Bonnie Raitt


Quando pensamos em grande guitarristas, sempre pensamos em homens. As mulheres também detonaram suas guitarras. Contudo, na lista de 100 melhores guitarristas da Rolling Stone, há apenas duas mulheres: Joni Mitchell e Bonnie Raitt. Creio que esta lista deva ser reavaliada, pois não é possível que Joan Jett, LitaFord, entre muitas outras estejam de fora. Na lista da Paste, Bonnie Raitt é a primeira.
(  http://www.pastemagazine.com/blogs/lists/2012/07/10-great-female-guitarists.html ).


Bonnie Lynn Raitt (born November 8, 1949) is an American blues singer-songwriter and slide guitar player. During the 1970s, Raitt released a series of roots-influenced albums which incorporated elements of blues, rock, folk and country. In the 1990s she had a major return to form with the release of her album "Nick of Time" after several years of critical acclaim but little commercial success. The following two albums "Luck of the Draw" and "Longing in Their Hearts" were also multi million sellers generating several hit singles including "Something to Talk About", "Love Sneakin' Up on You", and the beautiful ballad "I Can't Make You Love Me" (with Bruce Hornsby on piano). Raitt has received ten Grammy Awards. She is listed as number 50 in Rolling Stone magazine's list of the 100 Greatest Singers of All Time and number 89 on their list of the 100 Greatest Guitarists of All Time.

Degustem o primeiro, e o ultimo álbum desta Blues-woman:

Bonnie Raitt (1971)


Bonnie Raitt - Slipstream (2012)



24 de set. de 2013

LMR - Lеvin Minnеmann Rudеss - 2013



A “química” não se resume a uma tabela periódica de elementos e pode acontecer em outras esferas, assim como nas artes e especificamente no caso da música, quando colocados lado a lado, Tony Levin, Jordan Rudess e Marco Minnemann esse fenômeno se revelou na forma de um belíssimo álbum, que flerta com várias tendências musicais, como o jazz, o rock e até o metal, gerando uma música diferenciada, que está presente no álbum, LMR - Lеvin Minnеmann Rudеss.

Mas quem são esses elementos???


Muito bem, Toni Levin, baixista por natureza, uma figurinha mais que carimbada no mundo da música, tendo trabalhado junto a grandes astros do rock, como Alice Cooper, Peter Gabriel, Lou Reed e a partir dos anos oitenta, a convite de Robert Fripp, passou a integrar o elenco fixo do King Crimson onde permaneceu até o inicio dos anos noventa, retornando em 2004 ao grupo.

Neste mesmo período, Toni Levin ainda teve tempo de participar das gravações de “A Momentary Lapse of Reason” do Pink Floyd no ano de 1987 e fora isto, participou de importantes projetos musicais, como o “Liquid Tension Experiment” com Jordan Rudess, Mike Portnoy e John Petrucci, ambos do Dream Theater, ou seja, credenciais é que não faltam ao currículo de Tony Levin para qualificá-lo como um dos mais experimentados baixistas de todos os tempos.


Falando em Jordan Rudess, o tecladista, é bem rodado também, onde já foi membro do Dixie Drags, acompanhou David Bowie em sua turnê de 1990, lançou vários álbuns solo, onde pode mostrar diversas técnicas de órgão, é membro efetivo do Dream Theater desde 1999 e participou de diversos projetos musicais, sendo os mais representativos, “Rudess/Morgenstein Project”, “Liquid Tension Experiment” e com Steve Wilson (Porcupine Tree) em dois de seus álbuns solo, o que também o qualificam de forma incontestável.


Marco Minnemann, baterista e guitarrista, é outra cobra criada em termos de trabalhos realizados com astros do rock, como Steve Wilson, Adrian Belew, Simon Philips, Paul Gilbert, Terry Bozio e outros em projetos de estúdio e turnês bem arrojadas.

Como toda e boa equação química, é necessário haver equilíbrio entre seus elementos e neste caso, o equilíbrio veio em forma de virtuosismo e talento e a resultante desta química, veio na forma de um álbum dinâmico, com pegadas fortíssimas na bateria de Minnemann, marcando o passo associados a um duelo feroz e frenético entre as cordas de Levin & Minnemann e os teclados de Rudess, que em algumas passagens me fez lembrar Keith Emerson nos seus tempos de ELP. 


Resumindo, estamos diante de um trabalho que reúne algumas décadas de experiência de seus músicos que com muita inteligência, fundiram ritmos e tendências musicais bem distintas na proporção certa, nos brindando com uma música instrumental moderna, muito arrojada e sofisticada, proporcionando momentos de grande prazer e satisfação ao estar em contato com elas.

LMR
Tony Levin - Basses, Chapman Stick & Cello
Marco Minnemann - Drums & Guitar
Jordan Rudess - Keyboards, Continuum, Wizardly Sounds & Seaboard

Tracks:
01. Marcopolis (4:54)
02. Twitch (3:08)
03. Frumious Banderfunk (3:40)
04. The Blizzard (3:43)
05. Mew (7:50)
06. Afa Vulu (2:45)
07. Descent (3:24)
08. Scrod (6:10)
09. Orbiter (3:13)
10. Enter the Core (4:09)
11. Ignorant Elephant (5:30)
12. Lakeshore Lights (4:37)
13. Dancing Feet (3:06)
14. Service Engine (8:38)