O título deste álbum, "Visionary", faz jus ao seu criador Frank Bornemann, que sem dúvidas alguma é um visionário que está sempre muito além de seu tempo, nos surpreendendo a cada novo trabalho e o melhor de tudo é que ele não tem pressa, pois este álbum é lançado onze anos depois de "Oceans 2", apto a atrair a quem o escutá-lo uma única vez.
Neste trabalho, nós somos remetidos à fase áurea do rock progressivo, pois os conceitos mais fundamentais desta complicada vertente musical são resgatados e adaptados à nova realidade em que vivemos e ao mesmo tempo em que estes elementos do passado são utilizados a sensação é de escutar algo novo, sem o ranço de um saudosismo recuperador que às vezes nós mesmos buscamos por falta de novas opções musicais.
Frank Bornemann está como sempre esteve, ou seja, irresistível em suas composições, sua guitarra está mais afiada que uma navalha e sua voz pouco mudou com tempo e como sempre, não se fez de rogado, montou a estrutura da banda da melhor forma possível, já que o Eloy praticamente a cada álbum tem uma nova formação, então um velho e conhecido parceiro, Klaus-Peter Matziol que teve a honra de participar da melhor fase da banda entre 1975 e 1980, reúne-se mais uma vez ao grupo e dá sua fundamental contribuição.
Não bastasse isso, nos teclados, Michael Gerlach e Hannes Folberth dão um show à parte com seus sintetizadores e Bodo Schopf fazendo muito bem a sua parte na bateria e percussão, fecham o primeiro escalão da banda que ainda recebeu um reforço extra com músicos convidados que fecham o elenco que formou a banda para este álbum.
A música de abertura, "The Refuge" já indica o que se pode esperar de um álbum tão tardio, tão fora de sua época, a não ser uma gratíssima surpresa, com um conjunto de músicas muito bom e que certamente agradará a quem já está ou não familiarizado com a banda, tendo em vista que é um trabalho vigoroso com poucos momentos de tranquilidade, mas com muitos sintetizadores nervosos orquestrando o complexo enredo musical criado a partir da louca e genial mente de Frank Bornemann.
Gostaria apenas de destacar três musicas que me chamam muito a minha atenção, "Age of Insanity", "The Challenge" que é uma continuação para "Time to Turn" e “Age of Insanity", primeiramente por serem músicas com uma qualidade musical que há muito tempo eu não escutava e em um segundo plano, este de ordem pessoal, todas as vezes que as escuto, me lembro de situações vividas a mais de trinta anos atrás em que a trilha sonora fatalmente era algum álbum do Eloy ou alguma outra grande banda, pois naquela época era o que eu mais escutava, juntamente com Yes, ELP, Camel e Genesis, me proporcionando momentos de profunda alegria e bem estar que renovam a alma profundamente.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
Musicians:
Frank Bornemann (lead vocals, guitar)
Michael Gerlach (keyboards)
Hannes Folberth (keyboards)
Klaus-Peter Matziol (bass)
Bodo Schopf (drums, percussion)
Guest Musician:
Anke Renner (vocals)
Tina Lux (vocals)
Volker Kuinke (flute)
Christof Littmann (keyboards and orchestrations)
Stephan Emig (percussion)
Tracks:
01. The Refuge 4:54
02. The Secret 7:44
03. Age of Insanity 7:55
04. The Challenge (Time to Turn Part II) 6:43
05. Summernight Symphony 4:27
06. Mystery (The Secret Part II) 9:01
07. Thoughts 1:24
Gustavo, grande post. E Dead, com esta força tarefa, o Som Mutante vai entrar para a história! Obrigado Hermanos
ResponderExcluirDead, postagens do Gustavo e do ZM são profissionais demais... Um exemplo a ser seguido...
ResponderExcluirVS,
ResponderExcluirAs postagens não profissionais, elas são "apaixonadas" pela música......
Valeu meu irmão, um forte abraço.....
Gustavo