
Já postei o Cantigas de Abraçar 04 vezes e foi detonado todas, hoje não tem jeito de postar nem subir mais nada, hoje só quero chorar a morte de mais um amigo e irmão.
Mais um porque perdi ontem um amigo e irmão, o advogado Dr Paulo Antonio Porto Seixas Pinto que sobreviveu a cirurgia de dois aneurismas mas morreu de pneumonia dentro do CTI de um dos maiores centros de referência do estado em Ribeirão Preto, irmão de jornada, amigo de fé, de tomar cerveja juntos e brigar contra o seu timão.
Perdi mais uma referência da minha vida de várias que venho perdendo, ou sendo tiradas sabe-se lá Deus porque, mas até minha Mel nunca mais vi por ingratidão de quem sempre estendi a mão e ingratidão orquestrada a várias mãos que um dia prestarão contas de suas artes.
E agora esta, meu cantador preferido de quem ganhei discos e histórias, que chorou a separação do seu primeiro casamento prq foi proibido de ver suas amadas filhas estampadas na capa do Cantigas de Abraçar em fotos lindas.
Entendi sua dor qdo me foi proibido tb ver minha Mel, sentia sua dor, mas me tornei parceiro dela, e ele com isso foi se escondendo e se escondendo e se calando.
Ele as amava tanto que o baque quase acaba com sua carreira, e depois de um pedido ao grande mestre Boldrin, ele foi convidado pra um programa especial no Sr Brasil da tv Cultura, e só com suas obras e causos o vi como uma fênix renascer no lugar que amava, junto ao público e aos amigos.

Escreveram sobre Dércio Marques, eu não tinha porque como disse chorava a partida de um irmão tb e um pouco atrasado posto aqui minha dor, meu amor e minha gratidão pelo grande violeiro e cantador Dércio Marques, compositor, amigo, gente, gente de verdade e não essas porcarias por aí que só sabem causar dor e sofrimento em quem dizem amar e fazer os outros sofrer.
Dércio Marques, se encaixa no que diz Luiz Vieira "um menino passarinho com vontade de voar (e de cantar)"; Dércio, Paulo, meus amigos, estou triste mas feliz tb prq os conheci e tive oportunidade de desfrutar da convivência com vcs apesar de distante nos últimos tempos por caminhos que nossas vidas tomam.
Choro, choro como criança que sabe o mundo mais triste agora....uma pena, uma grande pena e tb uma grande perda.....choro......

Marques ficou conhecido em Vitória da Conquista, principalmente, por dividir palco com Elomar Figueira em várias apresentações.
“Ah, Já Fiz Versos De Tributo, Hoje Só Somente Escuto,
Não Tributo Mais Ninguém; Cada Rosa Seu Perfume,
Ninguém Lava as Mesmas Mãos,
Ninguém Canta Com a Mesma Voz!
Ontem a Lua Foi Airosa, Toda Rosa Perfumosa,
Mas o Tempo Deu-me Tempo Prá Pensar
Ah, E Eu Seguisse a Cada Passo, Cada Traço Do Pincel,
Cedo ou Tarde Eu Ia Ver, Escorregar Na Tinta Fresca,
Me Mesclar Com a Cor Vermelha, Eu Iria Me Perder.”
(Dércio Marques)

Segundo Sônia Machado, secretária do músico, Dércio Marques começou a dar sinais da doença em dezembro do ano passado, mas só no início do ano foi diagnosticado com câncer. O corpo do compositor está sendo velado no cemitério Jardim da Saudade e será cremado na quinta-feira (28). A família ainda vai decidir se suas cinzas serão jogadas em um rio ou no mar, duas paixões do músico.
Dércio Marques alternava sua residência entre sua cidade natal, Uberaba, no Triângulo Mineiro, e Salvador. Ele deixa uma companheira e quatro filhos.
Durante a carreira, o artista buscou retratar a música raiz brasileira. Pesquisador das tradições da terra, Dércio Marques percorreu o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, para buscar cantigas que retratassem a cultura popular. Dessas andanças pelo vale, ele lançou o CD Fulejo.

Terra, Vento e Caminho
Enjoy!!!!!!!!!!!!!