Esse álbum eu havia postado há alguns anos atrás no Ondas, mas como a resenha ficou muito pobre e tosca, nada mais justo do que re-postá-lo novamente e ainda mais aqui no SM, pois trata-se de um álbum muito especial e querido por muitos.
O álbum em questão é o “Hope”, do Klaatu, banda Canadense, que começou sua trajetória causando muita confusão e furor, pois propositadamente ou não, seus primeiros álbuns não possuíam ficha técnica e a forma como compunham e executavam sua música, deu margem a rumores de um possível retorno dos Beatles, pois as harmonizações vocais e a forma extravagante das composições remetiam seus fãs à fase final (um tanto psicodélica) dos quatro fabulosos de Liverpool.
Algum tempo depois toda esta confusão ficou esclarecida, pois finalmente foi revelado que o Klaatu, era (mais) um “Power Trio”, formado por John Woloschuk, Dee Long e Terry Draper, todos de Toronto, Canadá.
A origem do nome Klaatu, esta associada ao robô que aparecia no filme, "O dia em que a Terra parou" lançado em 1951 dirigido por Robert Wise e que recentemente teve um remake, dirigido por Scott Derrickson com a participação de Keanu Reeves no papel principal em 2008.
Apenas para situar a banda, eles produziram cinco álbuns entre 1976 a 1981 e são os autores de um clássico, chamado “Calling Occupants Of Interplanetary Craft”, que se transformou em um mega-hit de sucesso da música da pop, estourando as paradas musicais do ano de 1977, com um novo arranjo criado pelos Carpenters que foi associado à voz angelical e aveluda de Karen Carpenter, dando uma nova dimensão para esta música.
Quem quiser conferir o porquê da confusão causada na época, basta verificar a similaridade musical entre o Klaatu e os Beatles, bastando apenas dar uma escutada no álbum, “Sir Army Suit” de 1978 e mais precisamente nas músicas, A routine Day, Everybody took a Holiday e Dear Christine, que realmente dão uma sensação muito forte da presença dos Beatles na música do Klaatu.
O álbum Hope é uma pintura de álbum que encanta de imediato por sua belíssima ilustração inserida na capa e contracapa, atingindo seu ápice nas músicas, logicamente e que para este trabalho, recebeu um reforço extra e de peso, com a participação da não menos legendária, "London Symphony Orchestra", transformando o Power trio canadense, numa eletrizante Big Band Progressiva.
Sem dúvidas, Hope é um álbum agradabilíssimo de escutar, super leve, com constante alternância de ritmos e principalmente para quem ainda o possui em vinil como eu, pode prazerosamente acompanhá-lo lendo as deliciosas letras que seu encarte proporciona.
Os momentos extremamente sinfônicos, intercalados por um rock bem simples e gostoso de escutar, faz de Hope, um dos melhores álbuns da banda, senão o melhor e que em um futuro muito próximo, ainda iria produzir mais algumas pérolas musicais para o deleite de seus fãs que não são poucos, espalhados por todo o planeta.
Por conta dessa versatilidade musical, o Klaatu se habilita há agradar a uma gama muito grande ouvintes de sua música, pois na verdade não há uma definição de estilo musical que possa classificá-lo como disso ou daquilo, pois não há uma clara ligação musical entre os álbuns, o que no meu entendimento é ótimo, pois a cada trabalho, um novo cenário musical vai se formando em torno da diferenciada música do Klaatu.
ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!
John Woloschuk / vocals, bass, guitar, keyboards
Dee Long / vocals, guitar
Terry Draper / vocals, drums
Tracks:
01. We're Off You Know (4:00)
02. Madman (2:36)
03. Around The Universe In 80 Days(4:53)
04. Long Live Politzania (9:05)
05. The Loneliest Of Creatures(3:41)
06. Prelude (5:43)
07. So Said The Lighthouse Keeper (5:48)
08. Hope (3:48)
Gosto muito da banda, este disco é show e a versão dos Carpenters para "Calling Occupants Of Interplanetary Craft" é FODASTICA (até melhor que a original) me perdoem por esta quase heresia!
ResponderExcluirSonzeira de prima, Gus... valeu... ZM, gostei do FODASTICA... Vou passar a usar (hehehe).
ResponderExcluirAbraços
Conheço esse álbum. Ainda o tenho em vinil.
ResponderExcluirEle é muito bom mesmo. Mistura de sons que vão de Beatles ao Queen,
de Pink Floyd ao psicodelismo anos 60. Baixem é ótimo. Aliás, a maioria dos álbuns dos caras é sensacional e agradabilíssimo de se ouvir. Pena que não lançaram mais nada depois. Uma pena mesmo.
Sidão.