WrayGunn - Eclesiastes 1.11:
O Álbum (maio 2005), Eclesiastes 1:11, foi explosivo no mundo do Rock...!!!
Este álbum é um misto de rock garage, de soul, de blues e de gospel, o som de Wraygunn parece sair das Igrejas do Tenessee nos títulos "Soul City", "Keep on prayin’" o "Don’t you Know" mas transforma-se em punk tóxico nos títulos "Drunk or stoned" e "She’s a speed freak".
A banda:
A renovada formação dos Wraygunn se compõe de:
Paulo Furtado (voz e guitarras),
Raquel Ralha (voz),
Sérgio Cardoso (baixo),
Francisco Correia (sampler, gira-discos e outros objectos),
Pedro Pinto (bateria e percussões), que permanecem e a quem se junta
João Doce (bateria e percussões).Wraygunn (Shangri-lá) 2007
Com muito falatório à sua volta, cá dentro e lá fora (especialmente em França), os conimbricences Wraygunn tornaram-se alvo de uma exposição mediática a que não estavam habituados e, três anos depois do consagrado Eclesiastes 1:11, apresentam-se com as mesmíssimas premissas que os certificaram como um dos ensembles mais cativantes do panorama luso.
As afinidades com a música da América negra, particularmente blues, gospel e soul, são as ferramentas estruturais das canções, assim se firmando o traço de continuidade em relação a trabalhos anteriores.
Contudo, a banda de Paulo Furtado (sem a "máscara" de lendário homem-tigre) não se cinge a meramente decalcar as referências passadas.
Ao invés disso, Shangri-La dá mostras de um certo inconformismo estético de uma banda segura do seu percurso, capaz de preservar as mais-valias da sua identidade e referências históricas (sem escorregar para o anacronismo) mas, sobretudo, com vontade de vincar um discurso próprio e alargar a sua marcha a substâncias modernas (a electrónica também mora aqui...), em orgulhosa marginalidade do mainstream.
Este é o idílico poiso musical dos Wraygunn e, como James Hilton o fantasiou num qualquer vale dos Himalaias, Paulo Furtado e seus pares mostram-no agora numa metáfora apuradíssima de sons, a demarcar-se da letárgica atrofia do panorama rock português.
E a buscar a utopia da perfeição e o charme da meditação.
Wraygunn - Eclesiastes 1:11
Wraygunn - Shangri-La
Obs: Quem me fez a presença desse som de Portugal foi o amigo Sérgio do blog Sérgio Sonico e me falou até de uma maneira estranha (liguem não ele é meio doido como eu mesmo,rs):
-Dead ouça mas me diga a verdade o que acha deles!!!!!
O Sérgio é uma figura e de vez em qdo discordamos completamente de tudo ou concordamos com quase nada, mas este som tem algo de diferente mesmo; não que a música foi reinventada, nada na linha de um Brian Eno, mas a rapaziada faz algo realmente que chama a atenção ao começar a primeira música do primeiro disco com o discurso de Marthin Luther King, e de repente vc está esperando tudo, menos o que se segue e por aí afora vai sempre surpreendendo.
Não que eu não tenha ouvido ou vc bandas de moleques fazendo isso antes, já ouvimos sim, mas da forma e com a intensidade deles ouvi poucas e espero que surjam mais; estamos precisando.
Resolvi responder ao Sérgio assim, postando o trabalho dele que trouxe inclusive com seus links e tb fazer um agradecimento aos amigos de Portugal que sempre estão presentes inclusive nos momentos difíceis dando força e apoio.
Outra obs: Só fiz alguns pequenos ajustes, mas acredito não ter alterado o post original.
Desfrutem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
26 de fev. de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Valeu a força, seu Dead! Q bom q gostou. Gostei tbm de ter mantido o link. Poupa trabalho, o 4 share é fiel e dá pra medir em números a adesão. O som é isso tudo mesmo. Nada que vá mudar a história do rock, mas é honesto paca. E vindo de Portugal dá um charme todo especial ao som dos gajos.
ResponderExcluirAo revisitar os Wraygunn agora, ainda ontem, descobri q é banda - que conheci nos primórdios, baixei por acaso, há uns 5 anos, descobri o 1º disco dos caras “Soul Jam” (Wraygunn existe desde 1999). Enfileirando os 3 álbuns, dá pra sentir perfeitamente a evolução da banda. No 1ºrão os caras flertam com outras modalidades de modernidade naquela época, como eletrônica, rap e etcs mis. Sem deixar de ser rock, mas só mostrando que o lider, Paulo Furtado, tem uma antena possante e sabe misturar bem os ingredientes. Talvez poste o Soul Jam tbm. Por enquanto é coisa que só se acha no soulseek.
Ah! Em tempo, a título de informação: Paulo Furtado tem um projeto mais orgânico (e até mais rockblues de raíz), investigue um certo The Legendary Tiger Man. Neste caso é só mesmo o lider dos Wraygunn, solo, tocando uma guitarra, gaita e uma paraferná percursiva que ele aciona com pedais e tocam pandeiro bumbo, etc... tipo aqueles artistas de rua q se vê nos Centros das Cidades. Esse projeto inclusive já esteve no Brasil, se não me engano so Abril Pro Rock de Recife.
Abraços!
Surpreendente.Sonzera boa demais.Valeu!
ResponderExcluirRespondi no de cima Mauri, mas repito, apareça, vc é importante pra mim, como nossos poucos mas bons amigos.
ResponderExcluirEnjoy!!!!!!!!!!!!!