Este é mais um álbum que não teve o devido reconhecimento lá no “Ondas” e agora mais uma vez, faço questão de republicá-lo aqui no "SM" para que ele possa ter uma maior visibilidade e possa ser desfrutado por um número maior de amantes da música.
Com a criação da internet, as barreiras sociais e culturais entre os países, foram se estreitando, então não é incomum, encontrar grandes bandas ou nomes da música que por anos ficaram amordaçados e escondidos atrás de algum regime político de exceção.
Não é raro encontramos algumas excelentes opções musicais vindas, por exemplo, do leste europeu, o que é o caso do Nostradamus, banda formada em 2007 a partir de remanescentes de um dos maiores nomes do rock progressivo húngaro, o Solaris, que deu sua primeira cria a partir de dois ex-membros, Gomori László e Tamás Pócs, respectivamente baterista e baixista, que resolveram continuar uma carreira de sucesso com esta nova banda.
Para lograr êxito, teriam que complementar o grupo com novos elementos que tivessem as características necessárias para manter o alto padrão musical que o Solaris oferecia, então foram convidados a fazer parte do grupo, Valéria Barcsik para os teclados e vocal, Péter Foldesna flauta e András Káptalan na guitarra para completar o elenco.
O resultado foi além do esperado, pelo menos para mim, pois as musicas são aboslutamente fantásticas e é como se fosse uma continuação de "Marsbéli Krónikák" (Martian Chronicles), mas sem haver a intenção de clonar o álbum, pois a solução orquestral dada às músicas ficou belíssima com o conjunto dos teclados e da flauta que alias, está sublime e quem substituiu Attila Kollar neste papel, no caso, Péter Foldesna, o fez a altura, mostrando que também é um mestre nesta arte.
Testament é um álbum tipicamente instrumental, quase sempre frenético em seu andamento, começa coma música, "Solaríssimo", provavelmente uma menção ao Solaris, seguida de "Troy" que vem na mesma balada nervosa, para então como uma forma de se alcançar o fôlego e poder respirar um pouco, chegamos à música “Shadow in the rain”, que mais parece uma sinfonia moderna e neste tom, segue todo o álbum.
Poderíamos falar de cada música, o que seria um enorme prazer, pois elas são extremamente inspiradoras, mas creio que seria um tanto maçante para quem lê, portanto, acredito que com esta pequena introdução já é possível se ter uma ideia do que este álbum pode oferecer.
Relativo aos músicos é possível destacar sem receios de estar exagerando todos os membros da banda, que demonstraram seu talento e poder de criatividade sem dificuldade alguma, como o simples ato de respirar, tendo em vista a harmonia reinante entre os instrumentos, onde a música é a unidade básica e o destaque acabou sendo a própria música e não um determinado instrumento.
Cada vez me convenço mais que a Hungria abriga verdadeiros tesouros musicais que merecem ser explorados e aproveitados por nós, pois a influência da música clássica é marcante nas poucas bandas que eu tive o privilégio de conhecer, o que em meu conceito às classifica mais ainda, sendo isto para mim um estímulo a pesquisas futuras para descobrir novas preciosidades musicais que lá se encontram escondidas.
Musicos:
Gomori László, bateria;
Tamás Pócs, baixo;
Valéria Barcsik, teclados e vocal;
Péter Foldes, flauta;
András Káptalan
Tracks:
01. Solarissimo
02. Troy
03. Shadow in the rain
04. Divine comedy
05. This is not the day of your death
06. Children's kingdom
07. Run of the world
08. Testament
09. African cotton typesetters in Ireland
10. Emotion
11. Mystica
12. Secret in hand
13. My emotion
muchas gracias amiga, lo mejor para ti
ResponderExcluirOpa... mais uma novidade (pra mim, pelo menos).
ResponderExcluirValeu por compartilhar.